Opinião: A repetição de justificativas como "erros de lançamento" por diferentes prefeitos coloca em questão a transparência das administrações municipais.

Trecho extraído do Curso de Gestão e Controles para o Aperfeiçoamento da Governança Municipal.

O problema não reside totalmente no sistema em si, mas sim na incompetência das administrações! - Grupo Adicc.

A iniciativa do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM/BA) de investir em inteligência e sistemas de Business Intelligence (BI) é louvável e reflete uma tentativa de modernização e eficiência na fiscalização dos gastos públicos. No entanto, a eficácia de tais sistemas é posta em cheque quando prefeitos consecutivamente se defendem alegando "erros de lançamento" nos dados de consumo veicular e outras despesas públicas.

A crítica que se coloca não está na ferramenta em si, mas na aplicabilidade e na integridade dos dados que alimentam esse sistema. Se as prefeituras não alimentam o sistema com informações precisas, ou se o próprio sistema permite uma taxa de erro que pode ser usada como desculpa recorrente por gestores públicos, então questiona-se a robustez e a confiabilidade do BI implementado pelo TCM/BA. O valor real de um sistema de BI é medido pela qualidade e pela integridade dos dados que processa, bem como pela sua capacidade de mitigar erros e de fornecer insights acionáveis.

É imperativo que o TCM/BA considere esses "erros de lançamento" como um sinal alarmante para revisões no sistema. É necessário implementar mecanismos mais rígidos de validação de dados e auditorias regulares para garantir a acurácia das informações. Além disso, deveria haver um aumento na transparência e na responsabilidade dos gestores públicos, com penalidades claras para erros que, porventura, não sejam apenas acidentais, mas sim sintomas de uma cultura de descuido ou má gestão.

Em última análise, o que se espera do TCM/BA é uma atualização no sistema de BI que vá além da inovação tecnológica e que incorpore medidas de governança de dados mais estritas, para que os argumentos de "erro de lançamento" não se tornem uma justificativa padrão para discrepâncias nos registros de gastos públicos.

O Tribunal de Contas dos Municípios, visando desenvolver projetos na área de inteligência de negócio, realiza processo de licitação para aquisição de uma ferramenta de Business Intelligence – BI.
Com esta ferramenta o Tribunal poderá desenvolver diversos trabalhos de análise, utilizando os dados disponíveis em todos os seus Sistemas de Informação, bem como integrar com bases de dados de outros órgãos.
Assim, a ferramenta de BI disponibilizará ao TCM uma tecnologia que permite transformar os dados guardados em seus sistemas em Informação qualitativa e importante para a tomada de decisão, programação de auditorias e inspeções.
Os detalhes do processo de licitação podem ser obtidos através do endereço http://www.licitacoes-e.com.br/aop/index.jsp através do processo de Licitação Nº 480731.
Matéria Publicada em 9 de maio de 2013.

Grupo Adicc ❌ São José da Vitória

O prefeito, em sua defesa, justificou que “o suposto abastecimento do veículo de placa QTV6CO5, conforme já relatado, em consulta aos setores competentes desta Municipalidade, constatou se ter havido equívoco por parte do servidor responsável por alimentar as tabelas do SIGA, que informara o veículo de placa QTV6CO5 quando em verdade, o veículo que se encontrava alugado a serviço da saúde municipal e que fora abastecido com 300 litros de combustível no mês de março de 2021 era o veículo de placa PKF4507”. Acrescentou, ainda, que a informação já fora retificada no sistema SIGA, mediante reabertura das tabelas de contas autorizada através da Inspetoria. O conselheiro Mário Negromonte, relator do processo, determinou ao gestor a devolução aos cofres municipais da quantia com recursos pessoais. Também lhe foi imputada uma multa de míseros R$1 mil.

ELENCAMOS ALGUNS REGISTROS QUE MENCIONAM FALHA NO SISTEMA: