9 de Dezembro: Dia Internacional de Combate à Corrupção – Uma Luta pela Transparência e Justiça

Com base no que disse Deltan Dallagnol no seu livro A LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO – A LAVA JATO E O FUTURO DE UM PAÍS MARCADO PELA IMPUNIDADE, Segundo estimativas adotadas pela ONU e pelo Fórum Econômico Mundial, a corrupção custa ao mundo 5% do PIB (Produto Interno Bruto). Aplicando esse percentual ao PIB brasileiro de 2016, de 6,266 trilhões de reais, os desvios teriam causado um prejuízo de 313 bilhões de reais. Mesmo dados mais conservadores, como os do relatório da Fiesp sobre a corrupção publicado em 2010, apontam que o dinheiro desviado equivaleria a 2,3% de toda a riqueza gerada no país. Levando em conta o PIB de 2016, o custo da corrupção seria de 144 bilhões de reais. De qualquer forma, são números tão faraônicos que é difícil compreender sua dimensão. Para entendermos melhor o que essas cifras significam, adotaremos uma estimativa média de perdas de 200 bilhões de reais ao ano.

Em cédulas de 10 reais, os 200 bilhões formariam uma pilha de 2 mil quilômetros, equivalente a 4 mil prédios de 100 andares. Se fossem alinhadas no chão, se estenderiam por 2,8 milhões de quilômetros, dando quase 70 voltas na Terra. Se depositassem 100 reais por segundo em sua conta bancária, você receberia 8,64 milhões por dia e demoraria mais de 63 anos para chegar aos 200 bilhões.


Hoje é celebrado o Dia Internacional de Combate à Corrupção, e nada melhor do que relembrar casos emblemáticos que ilustram a importância dessa luta. Antes de mergulharmos nas histórias que beiram o cômico e o absurdo, é essencial destacar o trabalho incansável do presidente do Grupo Adicc, Antônio Carlos Amorim, que desde os anos 90 com sua postura firme e ética revelou como recursos públicos eram desviados em uma cidade onde grande parte da população vivia em condições precárias, demonstrando que é possível resistir à corrupção mesmo diante de propostas tentadoras ou ameaças.

A trajetória de Antônio Carlos é um exemplo vivo de que a fiscalização e a denúncia podem fazer a diferença no combate à corrupção. Sua coragem e integridade nos inspiram, especialmente neste Dia Internacional de Combate à Corrupção, a seguir lutando por transparência, justiça e respeito ao dinheiro público.



Em 1997, o salário mínimo no Brasil era de R$ 120,00. PREVIDENCIARISTA.

O montante de R$ 1,1 milhão representava aproximadamente 9.167 salários mínimos naquela época. Para contextualizar, esse valor equivaleria ao total de remunerações de cerca de 763 trabalhadores durante um ano inteiro, considerando 12 meses de salário. Isso evidencia a magnitude dos recursos desviados e o impacto significativo que tais quantias poderiam ter na vida de inúmeros cidadãos.

Com o avanço da tecnologia, a implementação da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011)o Grupo Adicc expandiu sua atuação de forma significativa, utilizando esses importantes instrumentos para alcançar todos os 417 municípios da Bahia. Essas legislações, criadas para garantir maior acesso a dados públicos e promover a transparência na administração pública, permitiram que o grupo utilizasse a tecnologia como aliada no combate à corrupção e na fiscalização das contas públicas. Assim, o Grupo Adicc consolidou sua presença em todo o estado, reforçando o compromisso com a cidadania ativa e a gestão responsável dos recursos públicos.

Seria possível (Neste cenário Tecnológico e de Selos de Transparências) que essas informações estivessem disponíveis nos sistemas públicos oficiais para consulta pública, mesmo caracterizando irregularidades ? O presidente do Grupo Adicc decidiu aprofundar-se na questão e liderar uma equipe dedicada a investigar e organizar esses dados.

O resultado foi surpreendente: desde motoristas na folha de pagamento com CNH vencida até servidores acumulando até seis cargos simultaneamente. A investigação revelou um cenário alarmante de descontrole e irregularidades, reforçando a necessidade de maior fiscalização e transparência na gestão pública.

Isso se torna ainda mais preocupante diante do fato de que, embora o tribunal ostente selos de transparência, frequentemente se exime da responsabilidade sobre os dados fornecidos, alegando que 'os dados informados são de responsabilidade dos jurisdicionados', como destacado nas consultas públicas.

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Antonio Carlos x Município de Juazeiro

Assunto: Motorista com CNH vencida em Cargo Vigente.

Defesa do Prefeito:

 “...É humanamente impossível que o prefeito do Município governe e faça a gestão dos servidores, descendo ao nível de controlar as condições e requisitos para que seus servidores possam iniciar e continuar exercendo suas funções públicas, a exemplo, da regular validade da Carteira Nacional de Habilitação”.

II. FUNDAMENTAÇÃO – Voto do Conselheiro Mário Negromonte

Examinando a documentação anexada com a exordial, constata-se que de fato o servidor Adélio Pereira de Souza Neto, que exercia a função de motorista de viatura pesada para a Prefeitura de Juazeiro, permaneceu com a sua CNH pendente de renovação, a partir de outubro de 2018, e durante todo o exercício de 2019. A partir de tal análise e levando em consideração os demais elementos da petição inicial, de logo rejeita-se a preliminar de inépcia aduzida pelo Denunciado. Por outro lado, o dever de prestar contas configura-se como espécie de obrigação pública imposta a todo sujeito, pessoa física, jurídica, pública ou privada, que, na qualidade de agente público, tem a seu cargo a gestão de recursos do erário, tendo como controlador principal das finanças públicas os Tribunais de Contas, cujo lastro encontra-se na Carta Magna Brasileira no parágrafo único do art. 70. Dito isto, não pode o Prefeito se esquivar de prestar contas das contratações efetuadas pela comuna, pois é dele a responsabilidade de demonstrar o bom uso dos recursos públicos municipais. Por tais razões, entende-se pela procedência da Denúncia.


Antonio Carlos x Santo Amaro


ZENON NUNES DA SILVA FILHO, CRM: 24808-BA, que já havia exercido a função de prefeito no Município de Santaluz/BA, foi condenado pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCMBA) na sessão desta quarta-feira (23/08), na 1ª Câmara, por exercer tripla jornada em três diferentes municípios. Apesar de sua clara violação às regras de carga horária e da sua experiência prévia, que sugere pleno conhecimento sobre responsabilidades públicas, o tribunal ofereceu uma solução branda, permitindo-lhe escolher de qual município se demitir.

O aspecto mais controverso da decisão envolve a atual prefeita de Santo Amaro ALESSANDRA GOMES REIS E SILVA DO CARMO. Ela alegou desconhecimento do caso até a então denúncia feita pelo Presidente do Grupo Adicc, e o conselheiro do tribunal validou essa defesa, apontando que era início de sua gestão. Tal postura levanta preocupações quanto à mensagem que o TCMBA transmite. A falta de rigor na condenação pode sugerir que transgressões iniciais em uma administração são menos graves ou até mesmo permissíveis.

Acesse o vídeo da Decisão: https://www.youtube.com/watch?v=j8R_Qg9Iofs

 

Antonio Carlos x São José da Vitória

 

Prefeito utiliza discurso de Erro Material para tentar ludibriar Tribunal de Contas:

O prefeito, em sua defesa, justificou que “o suposto abastecimento do veículo de placa QTV6CO5, conforme já relatado, em consulta aos setores competentes desta Municipalidade, constatou se ter havido equívoco por parte do servidor responsável por alimentar as tabelas do SIGA, que informara o veículo de placa QTV6CO5 quando em verdade, o veículo que se encontrava alugado a serviço da saúde municipal e que fora abastecido com 300 litros de combustível no mês de março de 2021 era o veículo de placa PKF4507”. Acrescentou, ainda, que a informação já fora retificada no sistema SIGA, mediante reabertura das tabelas de contas autorizada através da Inspetoria.

Para o conselheiro Mário Negromonte, o gestor não conseguiu afastar a irregularidade apontada na denúncia, vez que não juntou um documento sequer que demonstrasse estar esse novo veículo de fato a serviço da prefeitura. Além disso, o processo de pagamento não foi instruído com a relação de veículos abastecidos e respectivos contratos de locação.


Inicialmente, os diversos prefeitos denunciados por desvios de combustíveis costumam recorrer às redes sociais ou aos jornais locais para tentar sustentar a narrativa de "erro material". No entanto, à medida que a quantidade de "erros materiais" denunciados aumenta, essas defesas acabam perdendo força e, inevitavelmente, o silêncio prevalece. Um exemplo emblemático ocorreu no município de Monte Santo.


A Prefeitura de Monte Santo emitiu uma nota de esclarecimento em janeiro, após a repercussão da nossa denúncia sobre o abastecimento com diesel de um carro antigo, modelo Fusca. Segundo a prefeitura, a placa do Fusca, ADJ-7622, foi lançada erroneamente no sistema em lugar da placa do caminhão, ADG-7622, sendo a divergência atribuída a um “erro de digitação de placa”. A nota afirmou categoricamente que "inexiste qualquer irregularidade no processo de abastecimento dos veículos à serviço do Município de Monte Santo/BA" e garantiu que medidas estavam sendo tomadas para corrigir a informação no Sistema Integrado de Gestão e Auditoria (SIGA). A prefeita Silvania Matos (PSB) reforçou a narrativa de erro administrativo.

Entretanto, esse caso não é um episódio isolado. Vale lembrar que no mesmo município já houve registro de outra irregularidade envolvendo uma vereadora que utilizava um carro alugado pela Prefeitura.

O combate à corrupção não é apenas uma questão de justiça; é um dever cívico que garante que os recursos públicos sejam utilizados para o bem da sociedade, e não desviados para interesses pessoais ou políticos. A importância da fiscalização é inegável, pois somente através dela podemos identificar, denunciar e corrigir os desvios que tanto prejudicam o desenvolvimento das nossas comunidades.

É por isso que o Grupo Adicc continua firme em sua missão, consolidando sua presença em todos os 417 municípios da Bahia e expandindo suas ações com o apoio da tecnologia, da legislação de transparência e de cidadãos comprometidos com a verdade. Mais do que nunca, estamos prontos para enfrentar novos desafios, sempre pautados pela ética, pela responsabilidade e pela determinação de construir um futuro melhor e mais justo.

Nossa luta é coletiva, e juntos, somos mais fortes. Cada denúncia, cada investigação e cada dado analisado reforçam o nosso compromisso em trazer à tona a verdade e proteger os interesses da sociedade. O Grupo Adicc segue vigilante, porque a corrupção nunca descansa — mas nós também não. Estamos preparados e prontos para agir.

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